Renato Mendes

Fraude no Samu

Autor: Fonte: G1

Data: 22/06/2016

O Ministério Público de Goiás está investigando se a fraude no encaminhamento de pacientes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para Unidades de Terapia Intensiva (UTI) particulares pode ter causado a morte de pacientes, na Grande Goiânia. Segundo as investigações, em alguns casos, o estado de saúde era agravado para provocar a internação nos hospitais. Durante a operação, batizada de “SOS Samu”, foram presas 21 pessoas.

Entre os detidos estão um membro da diretoria do Samu e donos de UTIs. Segundo o MP, o foco eram pacientes que tinham plano de saúde. Após ser feito o atendimento de urgência pelo Samu, os socorristas entravam em contato com a central de regulação , responsável por controlar o encaminhamento das vagas das UTIs. Ao invés de mandar o paciente a algum hospital vinculado ao SUS, encaminhavam para unidades particulares. Com isso, as UTIs ficavam cheias de pacientes, garantindo lucro para os médicos e donos dos leitos.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organização (Gaeco) diz que, em alguns casos, os médicos tomaram ações que colocaram em risco a saúde dos pacientes. “Um paciente que precisava de glicose e não foi ministrado. Foi dada medicação para induzir o coma, para que ele fosse internado”, disse o coordenador da divisão, Luis Guilherme Gimes.

Em outro caso, o MP afirma que um dos suspeitos colocou a vida de um homem em risco para transportá-lo para um hospital que fazia parte do esquema fraudulento. “Temos uma testemunha que foi ouvida e nos disse que um paciente, vítima de AVC, foi atendida pelo Samu e eles estavam praticamente em frente de um hospital. Fizeram contato com a regulação e o médico regulador determinou que esse paciente fosse encaminhado para outro hospital, que não era o mais próximo, mesmo gerando perigo de morte”, explicou Gimenes.

Agora, os investigadores tentam localizar os prontuários médicos para saber se houve morte causada pela ação dos médicos, socorristas e donos de UTIs.

Propina

Os subornos eram passados por médicos e por proprietários de UTIs por meio de depósitos bancários ou até mesmo entregando dinheiro em espécie diretamente aos integrantes do esquema. Entre as provas colhidas pelo MP estão confissões de pessoas envolvidas no esquema e quebra de sigilos bancários.

“Servidores técnicos, enfermeiros e socorristas começaram recebendo R$ 100 e hoje já estava em R$ 500. Já um médico podia receber até o valor de uma diária de internação na UTI”, disse o coordenador do Gaeco.

Fonte: G1

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