Renato Mendes

Uma forte reação à vacina rotavírus tirou a vida da minha bebê, diz mãe

Autor: Bebê Mamãe por Bruna Romanini

Data: 20/07/2016

No dia 2 de julho de 2016, a fotógrafa Elisa Mazzuca enfrentou o pior momento de sua vida: a perda da pequena Laura, sua única filha de dois meses e 10 dias. A bebê morreu vítima de desidratação de terceiro grau, em decorrência de um quadro de diarreia aguda provocado por uma reação à vacina rotavírus, a que é dada por meio de gotinha aos dois meses de vida dos bebês. Conversamos com Elisa sobre a pequena Laura. A seguir, confira o depoimento de Elisa a respeito desta terrível perda e o que ela tem a dizer para outras mães sobre a vacina rotavírus:

“Tive uma gestação tranquila. Eu tentei o parto normal, mas infelizmente não consegui e passei por uma cesárea. Laura nasceu muito saudável, com o primeiro teste de Apgar nota 9 e o segundo nota 10. Ela nasceu pesando 3,085 kg e com 47 centímetros. Desde o começo ela mamou super bem, não tive problema nenhum com a amamentação. Eu sempre quis amamentar, era meu maior sonho. Também correu tudo bem na minha recuperação da cesárea.

Ainda na maternidade ela tomou a vacina contra hepatite B e alguns dias depois ela tomou a vacina BCG no posto de saúde. A única reação que ela teve foi a marquinha no braço em decorrência da BCG, mas isso é o esperado mesmo, se a marquinha não aparecesse que seria preocupante. Laura era uma bebê super saudável.

Fomos nos ajustando a nova rotina com um bebê em casa. Eu adorava dar banho nela, Laura era muito sorridente. Ela foi pura luz na minha vida, todos os dias eu acordava falando bom dia meu amor e ela sorrindo. Laura estava cercada de muito amor e cuidado meu, do meu marido e de toda a família.

Laurinha tomou a vacina do rotavírus e a penta no dia 22/06, o dia em que ela completava 2 meses de vida. Eu, mãe, com dor no coração levei minha pitoquinha para tomar as vacinas com a intenção de livrá-la de possíveis doenças. E qual mãe não quer livrar seus filhos de qualquer mal? Magno, o pai exemplar, estava ao nosso lado nos dando forças e nos fazendo rir como em todos os momentos. Ele também confiava que estávamos fazendo o melhor por ela, nosso pedaço mais precioso.  Eu lembro como se fosse agora minha filha tomando aquela gotinha, tinha uns 10 ml, como eu iria imaginar que aquela vacina inocente iria tirar a vida dela?

Ela também tomou as três injeções da vacina pentavalente nas perninhas. Meu marido me ajudou a vestir as perninhas gordinhas com a roupinha respingada de sangue das vacinas penta, morrendo de dó das picadinhas que aliás eram a nossa maior preocupação e saímos aliviados observando a reação da nossa princesa que estava feliz, sorridente mesmo após dorzinha. No posto de saúde fomos alertados sobre a possibilidade de febre e também que poderiam surgir traços de sangue nas fezes por conta da vacina do rotavírus e que deveríamos levá-la ao hospital apenas se esse sangue fosse em quantidade expressiva.

Laura apresentou febre 38.1 naquela tarde, ficou molinha e quietinha, administramos paracetamol, conforme orientação da pediatra e na tarde de quinta ela já não estava mais febril. Voltou a sorrir e brincar e os dias seguiram como sempre, Laurinha linda e muito sorridente, faminta e muito esperta. Observamos que ela apresentava as fezes esverdeadas, elas costumavam ser amarelinhas, e com alguns grumos que pareciam com um algodão molhado. Ela apresentou um traço bem singelo de sangue em uma das trocas, mas seu comportamento estava normal, sem choros que poderiam indicar desconfortos ou cólicas.

Na terça-feira dia 28/06 Laura vomitou pela primeira vez na parte da tarde, fiquei observando e ela voltou a mamar normalmente. Porém, à noite ela vomitou mais uma vez, tirei sua temperatura e ela não apresentava febre, mamou novamente sem vômito.  Na madrugada voltou a vomitar e aumentaram o intervalo das trocas de fraldas, os grumos continuavam e ela estava mais chorosa como se sentisse dor, então corremos para o hospital.

Nessa primeira consulta ela foi examinada, mas ainda não apresentava sinais de desidratação, afinal ainda intercalava mamadas com vômitos e outras sem. O médico diagnosticou como uma reação à vacina do rotavírus mas sem nos deixar preocupados e receitou medicamentos para repor a flora intestinal, para conter os vômitos e um soro para hidratação via oral.

Voltamos para casa e tentamos administrar os remédios conforme orientação médica. Porém, os vômitos e a diarreia se intensificaram, nem os remédios, nem o soro paravam no estômago dela. Fomos às pressas para o hospital e quando chegamos ela já apresentava sinais de desidratação. Lá ela ficou por 4 dias, foram diversas tentativas de acesso para hidratação via soro, algumas com sucesso, mas que foram perdidas depois. O quadro de desidratação evoluiu na mesma velocidade que a diarreia também evoluiu. Eu vi minha filha secando literalmente. E assim a Laurinha não resistiu. Nossa princesa partiu no dia 02/07/2016 aos 2 meses e 10 dias de vida. Vítima de uma desidratação de terceiro grau, decorrente de um quadro de diarreia aguda provocada por uma reação à vacina do rotavírus conforme atesta o laudo médico da certidão de óbito.

O que eu posso dizer para as mães é: pesquisem muito antes, eu pesquisei muito antes e mesmo assim não sabia sobre esses efeitos da rotavírus. Após o caso da minha filha, muitas outras mães vieram me contar que seus filhos também tiveram fortes reações após a vacina da rotavírus.

Com muita dor no coração decidimos continuar. Nós só tínhamos duas opções, deixar a tristeza nos dominar apagando assim tudo que nossa princesa representou em nossas vidas ou nos manter fortes por amor, honra e respeito a tudo de maravilhoso que ela foi para nós. E assim estamos vencendo um dia de cada vez, com uma saudade tatuada no nosso peito, mas com um amor gravado na nossa alma, ontem fazíamos tudo pra ela agora fazemos tudo por ela, em memória dela, sempre por amor”.

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